*Daniel Kieling , Vice-Presidente do PMDB Jovem de Porto Alegre
Durante muitos anos o Brasil vem condenando os jovens motoristas por sua inexperiência, por sua falta de consciência, por suas imprudências e imperícias, sem de fato procurar entender aonde começa a raiz deste problema da violência no nosso trânsito que é um problema social.
Encara-se com muito desleixo o papel dos Instrutores e dos CFCs (Centro de Formação de Condutores), sendo que ali naquela célula básica de educação para o trânsito está se criando o motorista do amanhã e de hoje, que saí para as ruas. A nossa sociedade nunca entendeu que o trânsito se forma a partir da formação do condutor.
As aulas teóricas seriam essenciais não só para demonstrações de legislação de trânsito, e conceitos meramente básicos, mas para a formação de uma consciência coletiva da necessidade da prática do trânsito seguro, o problema é que nos países mais desenvolvidos incentiva-se o instrutor que forma os condutores a terem um alto nível de estudo e conhecimento, reconhecendo estes profissionais com salários valorizados, pois a vida de muitos está nas mãos deles, com o regime de trabalho hoje vigente e o salário muitas vezes aquém do esperado, quando se fala que o professor tem que ser valorizado porque ensina o caráter, o salário do instrutor de condutores, tanto teórico como prático deveria ser enquadrado entre as categorias profissionais mais importantes do país, criando assim uma nova geração de motoristas conscientes e capazes de reagir perante as mais adversas situações do nosso trânsito caótico.
Nós que somos jovens, envolvidos na vida política do país, e que pretendemos mudar as práticas que envergonham toda uma nação, temos que escolher como prioridade para trabalhar junto a juventude, a luta pela criação de um sistema de legislação federal que regulamente os Centro de Formação de Condutores, dando-lhe mais recursos para a formação dos instrutores, garantindo recursos para investimento em tecnologias para auxiliar na educação do condutor e ainda promova a elevação do enquadramento profissional das categorias de instrutores.
Estou certo, que a consciência das pessoas para as coisas sérias que a política pode proporcionar ainda vai nos possibilitar travar tais batalhas afinal senão estiver na força, na garra e na esperança de nossa juventude, a luz de um futuro melhor, então aonde estará nossa esperança?
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