Deu no Zh Lindóia de Hoje: Novo apagão na Zona Norte

- Texto enviado por Daniel Kieling, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Lindoia (Amal):“Na noite de segunda-feira, dia 26 de janeiro, mais uma vez a zona norte de Porto Alegre, num verão, foi alvo de um apagão devido a uma sobrecarga em sua rede elétrica. Foram mais de quatro horas sem luz nos bairros Parque São Sebastião e Jardim Lindoia.

O serviço só foi reestabelecido após as 4h. E mais uma vez, o contribuinte foi lesado.Porém, isso poderia ser evitado com um planejamento urbano sustentável, e aproveito esta nota para questionar algumas questões. Em 2006, por iniciativa da então vereadora Mônica Leal, a Câmara aprovou um projeto que criava o Programa de Incentivos ao Uso de Energia Solar nas Edificações, com o objetivo de promover medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar. Infelizmente, até hoje não há decreto da prefeitura regulamentando, pois essas panes de sobrecarga na rede elétrica ocorreram na zona norte da Capital por dois motivos:

1º – A Zona Norte apresenta o metro quadrado mais habitado da cidade;

2º – A região caracteriza-se por um poder aquisitivo médio. Isso faz com que muitos moradores utilizem ar-condicionado (e podemos incluir nessa crise, também, o chuveiro elétrico).

Há anos já existe programa semelhante na prefeitura de São Paulo, o qual consiste em dar incentivos fiscais às construtoras para oferecerem unidades habitacionais adaptadas ao uso de gás ou de energia solar. O projeto concede, ainda, benefício direto para o povo: o morador que utilizar energia solar recebe seu IPTU com um desconto proporcional à economia de energia que seu sistema proporciona aos cofres públicos.Imagine na Zona Norte, onde há um mar de prédios e de asfalto, o quanto se poderia melhorar e racionalizar o uso da energia elétrica. Em virtude desse apagão, a Amal solicita ao prefeito José Fogaça a regulamentação do projeto de lei que cria esse programa.Porto Alegre não pode mais viver a era do jeitinho brasileiro, na qual, quando há uma crise, se investe um pouco numa determinada área e tudo bem. Precisamos começar, de uma vez por todas, a construir uma Porto Alegre para o futuro.”