Falar sobre este assunto que alguns lunáticos tornaram uma guerra santa é um tanto delicado, ainda mais há poucos dias da votação do referendo sobre os destinos de uso da área do antigo Estaleiro Só, a Ponta do Melo, na orla do Guaíba. Para dar minha opinião julgo necessário fazer uma lembrança da história dos fatos.
Aquela área foi concedida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, ao antigo Estaleiro Só, na década de 50, e com a falência do Estaleiro, pelo apelo dos trabalhadores daquela empresa que precisavam receber pelo menos parte da divida da empresa para com eles, o então prefeito de Porto Alegre Tarso Genro privatizou a Orla, fazendo o Leilão da Área e dando Índice Construtivo para o Local, enviando a Câmara de Vereadores a Lei nº 470, que previa um empreendimento comercial e residencial no local, e na época o vereador João Dib fez uma emenda que vedou na área os estabelecimentos residenciais.
A votação do projeto deste ano que gerou a polêmica queria devolver a área a condição de área mista permitindo a construção de residências, baseado no conceito usado na Europa de empreendimentos que geram sua própria segurança misturando comércios e residências, este projeto previa que metade da área que é privada virasse pública, construção de praças e outros. A confusão feita foi tão grande que parece que votar Não vai proibir a construção de prédios enormes na beira do rio, o que é mentira, caso o não vença os mesmos grandes prédios serão construídos ali, mas somente com estabelecimentos comerciais, acredito que o modelo europeu com residências e comércios vale a pena!
Portanto domingo, dia 23, estaremos decidindo tão somente se os grandes prédios que ali serão construídos com autorização do prefeito Tarso Genro serão só comerciais, ou comerciais e residenciais, eu voto Sim!
*Daniel Kieling
Presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Lindóia
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