Moradores apontam que falta policiamento na área do 20º BPM
Morar na mesma rua de um batalhão de polícia pode não ser sinônimo de segurança. Na vizinhança da Rua Emília Stefani Aloisio, o que paira no ar é uma sensação de intranquilidade, mesmo com a presença física da sede do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM) no começo da via. Os relatos de roubos são tão comuns como se tivessem partido de locais distantes de um posto policial.
Não faz seis meses que trocou o comando do 20º BPM. Presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Lindoia (Amal), Daniel Kieling culpa a atual administração pela insegurança no bairro e reclama que o comando não atendeu a convite para uma reunião com a entidade.
– Depois da troca de comando, cresceu muito a criminalidade – afirma Kieling.
O então major Francisco dos Santos Padilha – agora promovido a tenente-coronel e afastado até abril para realização de um curso – assumiu o cargo em 25 de agosto. Quem responde pelo comando há quase um mês é o major Gregorio Dario Mendina.
A tabela de ocorrências mais registradas no BPM mostra uma elevação no índice de roubo de veículos entre agosto e outubro, quando atingiu a maior marca do ano, de 72. Em compensação, o número de apreensões de armas foi o mais significativo do ano, 31, e o de recaptura de foragidos, o segundo maior de 2009, 15.
Mendina sugere que o perfil do tenente-coronel difere daquele do antigo comandante, o tenente-coronel Florivaldo Pereira Damasceno. Para o major, Pereira era mais social.
– Quanto a reuniões, há mais ou menos três semanas, moradores marcaram de vir aqui e não vieram – ressalta Mendina.
Kieling bate na tecla de que o posto funciona somente para trabalhos burocráticos e, por isso, o policiamento fica em segundo plano na área. Mendina rebate, apontando que no caso de haver uma ocorrência nas proximidades, nada impede os policiais da sede do 20º BPM de agir.
O trabalho ostensivo, porém, fica mesmo com as quatro companhias que integram o batalhão, salienta o oficial, localizadas no Jardim Itu-Sabará, na área da Manoel Elias, no Parque dos Mayas e na Vila Elizabeth – no Rubem Berta, atua o Pelotão de Operações Especiais.
Moradores entrevistados pelo ZH Lindoia foram unânimes ao afirmar que não veem policiamento. Quando passa algum PM, é dentro de viaturas ou quando os policiais chegam ou saem do trabalho. Mendina confirma que o efetivo é insuficiente para manter patrulhas a pé. A chegada de novos PMs pode mudar esse quadro:
– Em abril, teremos mais 120 PMs. Hoje, são 120. O número dobrará e permitirá fazer patrulhamento a pé.
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