Obra implica no fim da Avenida Dique, atalho usado por moradores para chegar ao aeroporto
Com a extensão da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, motoristas da Zona Norte perderão um atalho para as cidades localizadas ao longo da rodovia Porto Alegre-Novo Hamburgo (BR-116). A ampliação resultará no fim da Avenida Dique, utilizada como alternativa aos congestionamentos da Sertório.Ao passar de 2,28 mil metros para 3,2 mil metros, a pista permitirá pousos e decolagens de aviões maiores. Como aeronaves mais pesadas necessitam de pistas mais longas, aviões de grande porte como o Boeing 747 só podem partir do Salgado Filho com cerca de 70% de sua capacidade de carga, incluindo combustível.
Os 920 metros adicionais de pista, cujo custo é estimado em R$ 130 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tornarão o espaço hoje ocupado pela Avenida Dique – onde casas estão sendo removidas desde outubro – e da Vila Nazareth.
– A via deixará de existir, mas há planos da prefeitura de prolongar a Severo Dullius, mantendo a ligação com a Zona Norte – afirma o superintendente da Infraero no Salgado Filho, Jorge Herdina.
Na Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), a Avenida Dique nunca existiu oficialmente. Como o nome indica, a via nasceu sobre o dique construído para evitar problemas com os transbordamentos do Arroio Areia, que passa ao lado. Com o passar do tempo, casebres começaram a surgir nos lados do dique, que foi asfaltado e virou avenida irregular.
– Nossa preocupação é que alternativa os moradores terão do período em que a Avenida Dique for fechada até o prolongamento da outra via. Hoje, o fluxo da Sertório é muito grande, um problema sério – comenta o presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Lindoia, Daniel Kieling.
E o fim da Avenida Dique está próximo. No segundo semestre, o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) deve concluir a transferência das 1.476 casas da Vila Dique. Até o momento, 84 famílias já foram transferidas para um loteamento próximo ao Porto Seco, conforme o diretor-geral do departamento, Humberto Goulart. A partir daí, a Infraero pretende dar início à ampliação para finalizá-la antes da Copa do Mundo de 2014. Também nas proximidades do aeropoto, as 1,3 mil casas da Vila Nazareth também devem começar a ser transferidas no segundo semestre deste ano.
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