Amigos, assistindo ao filme "SENNA" pude aumentar algumas convicções que já tinha sobre a brilhante carreira, e o talento sensacional do piloto, do homem, do exemplo Ayrton Senna. O filme nos permite vivenciar o universo atrás do paddock da fórmula 1. Um universo estreito e politiqueiro, mil vezes mais corrupto que o Congresso Nacional Brasileiro. E SENNA foi SENNA por provar que podia vencer sem entrar no jogo.
Outro fato que me chamou a atenção foi que nunca um piloto de fórmula 1 se preparou tanto para ser campeão mundial, nunca um piloto cobrou tanto de si mesmo o seu desempenho, nunca um piloto buscou tão profundamente a perfeição, a velocidade e os limites, nunca um piloto pareceu ser tão forte, e ao mesmo tempo tão frágil, sempre o primeiro a socorrer pilotos acidentados na pista, o primeiro a buscar informações médicas, o que mais se preocupava com a segurança em um esporte de tão alto risco.
SENNA deixa a certeza que o Brasil pode dar certo sem entrar no "jogo" seus títulos e sua determinação mostram ao povo que tanto ele admirou e que tanto torceu por ele, que trabalhar, com fé , garra e determinação fazem com que se alcancem nossos objetivos. SENNA foi na década de 90 e para muitos ainda é, sinônimo de fé e esperança no orgulho de ser brasileiro de empunhar nossa bandeira, acredito que muitos que não acompanharam de perto aquele final dos anos 80 e começo do 90 vão se surpreender com o filme.
Talvez aqueles que vivenciaram aquilo como eu, ainda criança, filho de um pai apaixonado por corridas de carro, tenham a mesma reação que eu, hoje, homem com vinte e sete anos, não tenho vergonha de dizer, que chorei copiosamente ao lembrar da manhã de 1º de maio de 1994, quando eu com meu pijama azul, sentado nos pés da cama do meus pais, acompanhava o GP de San Marino, em cima do cobertor marrom e beje, quando a Williams escapou pela Tamburello e a frase na voz trêmula de Galvão Bueno calou o Brasil quando num fim-de-semana tão trágico ele disse: "Senna bateu forte".
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