Acompanhamos ao longo dos últimos 2 anos em especial a preparação da nossa Capital para ser sede dos Jogos da Copa do Mundo de 2014, temos a esperança de que a herança bendita da copa, através de obras de infra-estrutura, de modernização, e de qualificação dos espaços e da vida da cidade aconteçam de fato, mas não só de obras vive a preparação para a Copa.
É fato que eventos internacionais como esse envolvem um fluxo de pessoas que a cidade nunca antes viu, que pessoas de todos os cantos do planeta estarão por aqui, e também que eventos naturais, ou extremistas tem que ser considerados riscos no plano de elaboração do evento para nossa cidade, eis que me questiono: Caso algo ocorra em qualquer região da cidade, existe plano de evacuação? existe um plano de liberação rápida do trafégo para emergencias? existe uma equipamentação da Defesa Civil, com materiais adequados, para contaminação Química, para atender um número grande de feridos? existem prédios na cidade capazes de atender abrigos e demandas emergenciais internacionais? Existe material na cidade para armar rapidamente hospitais de campanha? atendimento médico de urgência em campo, fora das áreas hospitalares? Creio que a resposta para todas essas perguntas é não.
Lembro dos debates sobre os riscos da ampliação do Aeroporto, quando fomos alertados por alguns médicos, que em caso de acidente áereo com pequenas ou grandes proporções, Porto Alegre não tem condições hoje de atender a queimados com gravidade, o que dirá em um evento internacional? A cidade que devemos preparar é só um amontado de asfalto para melhorar o trânsito? Ou criar condições de vida seguras e melhoras, preparando para Porto Alegre para atender várias outras demandas internacionais?
A resposta dessa pergunta quem deve dar é o Governo Municipal, o posicionamento dele através da elaboração de planos, aquisição de materiais adequados, pode mostrar uma postura de vontade política não só em fazer grandes obras, mas em investir dinheiro da copa do mundo na melhoria da vida dos cidadãos porto-alegrenses, portanto acredito que uma grande parceria com o Governo Federal, para potencializar as áreas da saúde e da defesa civil, um grande incentivo a SMAM se faz necessário para potencializar nossa cidade não só para a Copa, mas para entrar num circuito seleto de cidades que podem receber grandes eventos internacionais.
*Daniel Kieling
Presidente da AMAL (Associação dos Moradores e Amigos do Lindóia)
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