quinta-feira, 4 de outubro de 2007

E a nossa conta quem vai pagar???? (em defesa da classe média brasileira)



Nosso país, certamente é um país onde duas classes sociais totalmente distintas dominam o poder o político ou seus agentes, a primeira por seu poder econômico e sua possibilidade de financiar campanhas eleitorais ou gerar benefícios expúrios a agentes públicos, ou seja, a elite brasileira. A segunda domina o poder político pela falta de consciência, porém com grande capacidade eleitoral e muitos votos, pois são a maioria dos brasileiros, aqueles mais pobres, a classe mais necessitada, chega a convencer políticos que somente eles precisam da política ou somente eles têm direitos.

O modelo de desenvolvimento do nosso Estado brasileiro, onde os ricos deixam de contribuir com seus impostos pela chamada desoneração fiscal de suas grandes empresas, com a desculpa de que estão gerando emprego somado ao gasto social do governo com os mais pobres, ou seja, aqueles que não pagam imposto nenhum e ainda recebem bolsa-família, vale-gás, isenção do ônibus e tudo mais, jogam em alguém a responsabilidade de pagar a conta, de contribuir com impostos para o governo, e esta conta cai sobre a classe social escancaradamente mais desorganizada, a classe média.

São trabalhadores autônomos, profissionais liberais, executivos de empresas, vendedores de lojas, empregados da iniciativa privada e até algumas faixas de funcionários públicos, nós pagamos imposto de renda, ICMS, IPTU, ITR, CPMF... Esta incapacidade de organização política da classe média é que permite que os políticos joguem sobre nós esta conta.

Organização não necessariamente em sindicatos ou associações como fazem os mais ricos e os mais pobres, mas na busca e na identificação de pessoas com nossa linha de pensamento, que acham que por mais antipático que pareça para um político defender que quem mora numa área irregular e não paga impostos, taxa de luz, água, esgoto não pode ter o mesmo direito de quem paga, se os governos tem que garantir vida digna a todos, não é com esmola é com incentivo ao trabalho, não é asfaltando a vila e sim urbanizando e setorizando a cidade, o governo tem que fazer a sua parte, mas ninguém tem que sustentar quem prefere receber uma bolsa-família à trabalhar.

Temos que pensar a classe média com muita responsabilidade, pois em nossas mãos está toda a real força de trabalho deste país, todo o dinheiro sugado pelos altos impostos do governo, e temos que identificar pessoas com vontade política e sem medo de defender o que é correto e não podemos votar naqueles que querem ser os “pais dos pobres”, defensores dos mais fracos, pois estes sempre jogam dos dois lados da moeda, isentam o rico, e doam ao pobre, mas cobram do trabalhador brasileiro, cobram da classe média trabalhadora.


DANIEL KIELING

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