segunda-feira, 11 de maio de 2009

Da Zero Hora de hoje: Obra do DEP passa por casas na zona norte da Capital

A AMAL consegue uma vitória e tanto com o ínicio para valer das obras da Av. Walter Só Jobim, mais de 15 anos de luta se passaram, e só quando a AMAL entrou em campo foram resolvidos os problemas, e até aqueles moradores que não acreditavam mais na solução deste problema se surpreenderam, para o Presidente da AMAL, "este obra e outras tantas que conseguimos trazer para o bairro, são apenas demonstração da credibilidade da AMAL" afirma Daniel Kieling que preside a entidade há 02 anos. Para ele valeu a credibilidade da AMAL e também o esforço do Diretor do DEP Ernesto Teixeira em fazer a obra acontecer.


Em serviço inédito, operários trabalham em residências do bairro Jardim Lindoia

Às 8h, todos os dias, o bancário Luiz Felipe dos Santos Barbosa, 33 anos, sai para trabalhar e entrega a chave de casa a operários. A situação seria normal se ele tivesse solicitado a obra em seu pátio, mas não é o que ocorre. A abertura de um buraco de três metros de profundidade é uma intervenção obrigatória do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), que se estenderá a outras 25 casas vizinhas, em Porto Alegre.

A obra, considerada inédita, tem o objetivo de resolver um problema que afeta moradores da Rua Assunção, no bairro Jardim Lindoia, na Zona Norte. Devido a um desnível dos terrenos em relação aos imóveis da Rua Walter Só Jobim, a rede deteriorada que passa sob os pátios das casas está vazando esgoto cloacal e pluvial.

As galerias subterrâneas foram construídas pelo loteador da área em local inusitado, há cerca de 30 anos. A ideia, que teve aprovação da prefeitura na época, era reduzir custos. De acordo com o diretor de Conservação do DEP, engenheiro Francisco Pinto, se fosse construída sob a rua, a galeria precisaria ser rebaixada em três metros de profundidade para permitir a captação dos resíduos.

Com o problema detectado há mais de uma década, a saída foi construir uma nova galeria. Foram nove anos de discussões em busca de uma alternativa, até que, em 2007, o DEP se comprometeu a abrir uma galeria ao lado da anterior, mas ainda dentro da área dos imóveis.

— Se não fosse dessa forma, ou seja, se construíssemos a rede sob a rua, cada um dos 26 moradores teria que ligar seus encanamentos à nova galeria. Os buracos teriam de atravessar o chão de salas e garagens, o que seria mais complicado — explica Pinto.

Nos 26 imóveis atingidos, 24 proprietários autorizaram a intervenção dos operários do DEP. Em dois casos, a autorização foi obtida via Justiça. Orçada em R$ 277 mil, a obra pública que intervém pela primeira vez em área privada, segundo o DEP, tem conclusão prevista para o fim de agosto.

— É algo que a gente só imagina que aconteça com os outros. Deixei de usar piscina, churrasqueira e área de serviço devido às obras. Só espero que o DEP cumpra a promessa de terminar tudo antes do meu aniversário, no dia 14, quando minha mãe fará uma festa de aniversário surpresa que já fiquei sabendo — brinca o bancário, que vive sozinho na casa de dois pavimentos.

Ao voltar para casa, às 18h, Barbosa encontra o supervisor da equipe a sua espera para devolver a chave. A maior intervenção prevista é a que está em andamento no terreno do bancário. É sob a garagem dele que escoará para a rede pública todo o esgoto pluvial e cloacal produzido pelos vizinhos da quadra. Nos demais imóveis, a rede passará nos fundos dos terrenos, o que será mais simples.

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