domingo, 4 de novembro de 2007

Enquanto aviões modernos caem em São Paulo, Carroças voam em Porto Alegre

foto do Local do novo Acidente Aéreo em São Paulo

A Associação dos Moradores e Amigos do Lindóia, mais uma vez, surpreendida como todos os brasileiros pela insegurança de vôo no país, apresenta novas denúnicas sobre operações que ocorrem no Aeroporto Salgado Filho.

O Acidente hoje ocorrido em São Paulo, mais uma vez alerta a todos sobre os problemas do crescimento urbano desregrado ao entorno dos Aeroportos, num país onde a instabilidade e a insegurança dominam o espaço aéreo. O Avião que infelizmente teve problemas em São Paulo e atingiu uma residência onde moravam 12 pessoas, 400m após decolar, era pequeno e moderno, mas transmita esta realidade para aquilo que INFRAERO quer fazer com o Salgado Filho.

Carroças voadoras das décadas de 60 e 70, são os grandes operadores de vargas aéreas no Salgado Filho, os aviões Douglas DC-08, que precisa voar com engenheiros de vôo e o 707, aviões proibidos de voar no atlântico norte, expostos ao tempo e a fadiga de materiais, fazem com que fiquemos pensando, para onde vai nosso Aeroporto? A 400m da ampliação da Pista prevista para o Salgado Filho estará um hipermercado, onde circulam 30 mil pessoas/dia, e sobre nossa cidade voam estas bombas, que são verdadeiras carroças, sem falar em aeronvaes como o BOEING 727, que além da emissão de ruídos emite poluentes, gases e uma série de problemas.

Nossa Associação vem defendendo junto a ANAC o cancelamento da licensa de vôo destas aeronaves, que voam assustando quem as conhece, pois sabemos da "manutenção" que vem sendo dada as aeronaves de passageiros, então podemos imaginar como é a manutenção a aerovanes de cargas, que voam desde os idos dos rebeldes anos 60 sobre a cabeça do nosso povo Porto Alegrense.

Lamentamos o acontecido em São Paulo, mais uma vez, mas esperamos que de uma vez por todas, os gaúchos pensem primeiro na segurança, reflitam sobre as operações de cargas num aeroporto dentro da cidade como é o nosso, pois amanhã problemas como estes podem acontecer no Rio Grande do Sul.

com pesar,

Daniel Kieling
Presidente da AMAL

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