terça-feira, 15 de março de 2011

A política, o comodismo e o medo


O Brasil é um país de colonização portuguesa, patriarcal, onde utilizar-se da máquina pública estatal para garantir o próprio futuro, futuro dos parentes, e dos grupos econômicos dominantes sempre foi uma conduta ética normal, e, sobretudo aceitável.

Logo romper com estas posturas não é fácil, e pode para alguns parecer inclusive burrice, mas para quem entra na vida pública com disposição e vontade de fazer com que as coisas aconteçam, de mudar com o comodismo patriarcal tem que enfrentar de frente este tema.

As pessoas em política se ofendem muito fácil, a política brasileira é dominada por egos, e não por sentimentos coletivos de avanços no bem comum, acredito muito que não podemos nos furtar da crítica, da construção, do sentimento de coletividade, da sinceridade, da liberdade de expressão que devem povoar os sentimentos daquele que deseja exercer a política como expressão da sua vontade de fazer o bem.

O medo de dar um passo a frente, com certeza, é causador de muitos passos para trás! Os partidos políticos, os governos, e nós dirigentes partidários, agimos muito com a razão dos escaninhos e muito pouco com os sentimentos emanados das ruas, que fazem o dia-a-dia de todos e que são o que realmente nos importa, medo e comodismo são os maiores aliados de uma derrota eleitoral, dar um passo a frente que parece arriscado, muitas vezes é garantir todo um futuro e um caminho mais seguro para trilhar. Sou Vice-Presidente da Juventude do PMDB para ser verdadeiro, sincero e até incompreendido, pois tudo o que faço e pautado de convicções.

Mesmo que muitas vezes estas convicções causem polêmicas, e seja inclusive uma posição minoritária, me sinto na obrigação de resguardar sempre meus sentimentos e expressá-los, não quero que ninguém sinta-se agredido, apenas que escute minhas idéias e aproveite se tiver algo a acrescentar.

*Daniel Kieling
Vice-Presidente da Juventude do PMDB do Rio Grande do Sul

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