segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Jornalista Armando Burd destaca opinião de Kieling sobre Mortes nas Estradas

Para estancar a torrente de dinheiro.

Porto Alegre, 31 de desembro de 2010.

Nas campanhas cada vez mais milionárias, as doações vêm para o bolso de candidatos e partidos. Depois, surge o modo para fazer retornar a quem financiou.

        Chega ao final o ano em que a campanha eleitoral custou 3 bilhões e 220 milhões de reais, valor total declarado à Justiça por candidatos e partidos em todo o País. A única certeza é que, na próxima, o gasto será maior ainda.

        Os tribunais examinaram as contas, enquadraram alguns, mas aprovaram a maioria, porque atendeu aos requisitos. O problema está na lei que permite quase tudo.

        De onde sai tanto dinheiro? Claro que existe compensação ou retorno. Não é difícil identificar as relações entre detentores de mandato e benfeitores de campanha.

        Não se combate a corrupção apenas esperando que todos sejam honestos. Há necessidade urgente da criação de instrumentos que dificultem as distorções. A ocasião para discutir o assunto é o ano não-eleitoral e 2011 está chegando.

        Dobradinha do acerto A competência e a dedicação de Aod Cunha e Ricardo Englert marcaram os quatro anos da Secretaria da Fazenda. Foram várias as iniciativas. Três delas: 1) o pagamento em dia, sem multas e juros, da dívida com a União; 2) o empréstimo do Banco Mundial com juros menores; 3) o crescimento de 60% na arrecadação, comparando 2006 e 2010.

        Solução O prefeito Antonio Adolfo Fetter assina na sexta-feira pela manhã com o Banrisul a renegociação de dívidas pendentes de administrações anteriores de Pelotas, nas áreas de saneamento e iluminação pública. Elas se acumularam ao longo de duas décadas. Através de negociações, Fetter conseguiu reduzir o valor de R$ 73 milhões à metade.

        Para corrigir Daniel Kieling, piloto de carros de corrida, aponta os equívocos nos testes para obter carteira de habilitação como principal causa dos acidentes em estradas: 1) a prova prática que mais tira pontos é a balisa. Muito pouco para mostrar habilidade; 2) no teste de direção, não permitem passar dos 50 quilômetros por hora. Na semana seguinte ao recebimento da carteira, o motorista entra na Freeway, onde a velocidade é de 100 quilômetros por hora; 3) o desconhecimento da relação tempo-velocidade para ultrapassagem, sobretudo dos automóveis 1.0, os mais vendidos. O motorista pode imaginar que vai ultrapassar e o veículo não tem motor para isso.

        Esperemos que o saldo trágico do feriadão não repita os anteriores.

         RÁPIDAS nUma das iniciativas da elogiável gestão do presidente Luiz Augusto Pereira foi a criação do Memorial da Cientec (Fundação de Ciência e Tecnologia), que completará 70 anos em 2012.

        nSecretaria Municipal de Indústria e Comércio enfrenta a venda clandestina de fogos de artifício e está se saindo bem.

        nA 1 de janeiro de 2001, Tarso Genro assumiu pela segunda vez a prefeitura de Porto Alegre. Já tinha exercido o cargo de 1993 a 1997.

        nEleitos agora serão obrigados a enquadrar os sonhos de palanque à realidade do orçamento.

        nAgradeço as inúmeras mensagens recebidas e desejo a todos os leitores e leitoras um ótimo ano novo. Leonel Brizola perdeu a legenda do PTB, ao dar entrada com pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral posteriormente a Ivete Vargas. No dia seguinte, a foto mostrando a revolta de Brizola foi publicada no Jornal do Brasil tendo ao lado texto do poeta Carlos Drummond de Andrade: ?Vi um homem chorar porque lhe negaram o direito de usar três letras do alfabeto para fins políticos. Vi uma mulher beber champanha porque lhe deram esse direito negado ao outro. Vi um homem rasgar o papel em que estavam escritas as três letras, que ele tanto amava?.

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